Entrevista:
Walter Pfeiffer
28 de abril de 2020
Walter Pfeiffer é um importante fotógrafo suíço, expoente dos anos 70. Nesta entrevista, o artista que transita pelos campos da arte contemporânea e da moda há mais de 40 anos, fala sobre seu processo. Com um estilo único, ganhou um enorme destaque recentemente pos causa da sua temática e de sua estética extremamente atual.
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Entrevista Bruno Mendonça
Fotografia Walter Pfeiffer

BRUNO MENDONÇA: Nós queríamos falar sobre seu tema,
sobre o tipo de beleza que lhe interessa, esse tipo de beleza misteriosa, ou
com alguma estranheza. Pesquisando seu arquivo vemos que esta beleza estranha
está na moda novamente. Como você escolhe seus temas, onde você enxerga a
beleza?
WALTER PFEIFFER: É difícil descrever, mesmo hoje quando estou em algum lugar, no ônibus, por exemplo, eu vejo essa beleza, mas ainda não consigo descrevê-la. Isso é algo meu… Se estivesse em São Paulo, poderia ver essa beleza em vários lugares e em várias pessoas, e isso poderia me interessar. É melancólico exercer esse olhar, porque essas imagens desaparecem tão rápido que às vezes não se pode tocá-las nem obtê-las. Se eu consigo trabalhar com essas pessoas, posso me considerar uma pessoa de sorte, porque eu não saio por aí dizendo: posso tirar uma foto sua? Eu nunca faço isso.
B: No momento em que vivemos, falando de imagem, artes visuais ou moda, isso não é um assunto novo, e está se tornando um tópico importante novamente por causa das questões LGBT, as discussões sobre gênero e sexualidade... Como você percebe isso e o que você pensa sobre essa nova realidade?
WP: É diferente. Você sabe, eu vivi isso nos anos 1970. Antes de trabalhar com fotografia, eu era ilustrador. Em 1971, conheci o curador de um museu e ele me disse: “Estou fazendo um show sobre trans chamado ‘Transformer’ e eu quero você nele!”. Nessa época, eu conhecia esse menino, ilustrador também, o Michelangelo.
O corpo dele era lindo!
WALTER PFEIFFER: É difícil descrever, mesmo hoje quando estou em algum lugar, no ônibus, por exemplo, eu vejo essa beleza, mas ainda não consigo descrevê-la. Isso é algo meu… Se estivesse em São Paulo, poderia ver essa beleza em vários lugares e em várias pessoas, e isso poderia me interessar. É melancólico exercer esse olhar, porque essas imagens desaparecem tão rápido que às vezes não se pode tocá-las nem obtê-las. Se eu consigo trabalhar com essas pessoas, posso me considerar uma pessoa de sorte, porque eu não saio por aí dizendo: posso tirar uma foto sua? Eu nunca faço isso.
B: No momento em que vivemos, falando de imagem, artes visuais ou moda, isso não é um assunto novo, e está se tornando um tópico importante novamente por causa das questões LGBT, as discussões sobre gênero e sexualidade... Como você percebe isso e o que você pensa sobre essa nova realidade?
WP: É diferente. Você sabe, eu vivi isso nos anos 1970. Antes de trabalhar com fotografia, eu era ilustrador. Em 1971, conheci o curador de um museu e ele me disse: “Estou fazendo um show sobre trans chamado ‘Transformer’ e eu quero você nele!”. Nessa época, eu conhecia esse menino, ilustrador também, o Michelangelo.
O corpo dele era lindo!
Também conhecia uma garota que
era uma ótima stylist e boa com maquiagem, então, ela cuidou de tudo e eu o
fotografei.
Eu nem mesmo tinha minha própria câmera, um amigo meu me emprestou
o equipamento. Ele montou tudo para que eu só tivesse de apertar o botão. Foi
parecido com o trabalho que faço para revistas agora. Depois da foto, o
Michelangelo foi ficando cada vez mais magro e acabou falecendo antes mesmo da
abertura da exposição.
Era muito estranho, porque nós tínhamos imagens muito fortes, mas ele parecia muito distante do papel que estava representando, era como se ele fosse uma drag queen diferente.
É difícil explicar; ele adorava posar, mas estava meio ausente, o que tornou tudo ainda mais forte. Foi a primeira vez que eu fiz esse tipo de foto. Depois fiz alguns desenhos com lápis nos anos 1980.
B: É interessante como o imaginário homoerótico se tornou mais forte e mais visualizado depois dos anos 1980.
WP: Porque quando eu comecei, no início dos anos 1970; quando publiquei meu primeiro livro, o homoerotismo não era comum, não era uma coisa aberta; era quase proibido, embaixo dos panos, dentro do armário, como eu posso dizer... Para mim, inicialmente, não era um interesse específico, tratava-se apenas de perseguir a beleza, tanto que muitos dos meninos que eu fotografei, na verdade, não eram gays, eram apenas lindos. Depois eu realmente me interessei... Mas o estilo parece ter permanecido o mesmo desde então. Eu passei por todos os momentos, 1970, 1980, 1990 e 2000, então, não vejo claramente a diferença.
Era muito estranho, porque nós tínhamos imagens muito fortes, mas ele parecia muito distante do papel que estava representando, era como se ele fosse uma drag queen diferente.
É difícil explicar; ele adorava posar, mas estava meio ausente, o que tornou tudo ainda mais forte. Foi a primeira vez que eu fiz esse tipo de foto. Depois fiz alguns desenhos com lápis nos anos 1980.
B: É interessante como o imaginário homoerótico se tornou mais forte e mais visualizado depois dos anos 1980.
WP: Porque quando eu comecei, no início dos anos 1970; quando publiquei meu primeiro livro, o homoerotismo não era comum, não era uma coisa aberta; era quase proibido, embaixo dos panos, dentro do armário, como eu posso dizer... Para mim, inicialmente, não era um interesse específico, tratava-se apenas de perseguir a beleza, tanto que muitos dos meninos que eu fotografei, na verdade, não eram gays, eram apenas lindos. Depois eu realmente me interessei... Mas o estilo parece ter permanecido o mesmo desde então. Eu passei por todos os momentos, 1970, 1980, 1990 e 2000, então, não vejo claramente a diferença.


B: Isso me fez pensar em outra pergunta, sobre um tipo
de Zeitgeist em seu trabalho, porque, com o passar das décadas, os garotos vão
se tornando política, econômica e socialmente diferentes, e isso se reflete no
seu trabalho. Como você percebe essE espírito do tempo, as décadas?
WP: O que eu sempre quero fazer é tornar as fotos clássicas. Eu quero que elas sejam atemporais.
B: Sim, acho que isso é muito forte em seu trabalho...
WP: Eu acho que não há volta. Depois que o tempo passa, não sobra muita coisa, mas não a ponto de que não possamos sobreviver. Eu nunca me preocupei em estar na moda. Acho que aqui no meu país, ou em qualquer outro, as pessoas se preocupam muito com isso, mas a mim sempre interessou mais conhecer pessoas que me dessem conselhos e que fossem uma inspiração para mim. Encontrei meu círculo de amigos assim. Também procuro estar sempre com os jovens, porque eles sempre me trazem algo novo. Sempre fui assim. No fim das contas, tenho boas memórias e boas fotos
WP: O que eu sempre quero fazer é tornar as fotos clássicas. Eu quero que elas sejam atemporais.
B: Sim, acho que isso é muito forte em seu trabalho...
WP: Eu acho que não há volta. Depois que o tempo passa, não sobra muita coisa, mas não a ponto de que não possamos sobreviver. Eu nunca me preocupei em estar na moda. Acho que aqui no meu país, ou em qualquer outro, as pessoas se preocupam muito com isso, mas a mim sempre interessou mais conhecer pessoas que me dessem conselhos e que fossem uma inspiração para mim. Encontrei meu círculo de amigos assim. Também procuro estar sempre com os jovens, porque eles sempre me trazem algo novo. Sempre fui assim. No fim das contas, tenho boas memórias e boas fotos



“Eu sei que o tempo é fugaz, o momento passa num átimo
e acaba. Você tem de agir como um tigre, deve ser capaz de trazê-lo para seu trabalho, ser treinado para
capturar o momento quando ele está aqui.”
B: Quer dizer, suas fotos não têm uma referência
cronológica, um tempo específico. A força do seu trabalho está nisso, e isso
deve ser o segredo de você ser sempre atual.
WP: Sim. Hoje, por exemplo, um amigo me disse que queria fazer um pôster para um evento de dança gay e queria uma foto. Mas eu não conseguia achar, nem mesmo no meu arquivo, estas fotos que foram tiradas talvez dez anos atrás, mas era como se fosse ontem, ou poderia ser dos anos 70, acabam funcionando dessa forma.
B: Em minha pesquisa sobre seu trabalho, fiz uma relação específica com a noção de atopia, um momento não cronológico que não podemos descrever. Fiz isso porque não vejo em suas fotos utopia ou distopia, conceitos específicos do tempo da fotografia. Só consigo ver em seu trabalho uma forte melancolia.
WP: É verdade. Eu sei que o tempo é fugaz, o momento passa num átimo e acaba. Você tem de agir como um tigre, deve ser capaz de trazê-lo para seu trabalho, ser treinado para capturar o momento quando ele está aqui. Às vezes, é preciso esperar muito tempo, é preciso ser paciente.
Muitos dos jovens que conheço não são pacientes, querem as coisas agora, querem ter sucesso agora mesmo, querem ser mundialmente famosos amanhã. Esse nunca foi meu objetivo. Meu objetivo foi sempre ter uma boa foto no futuro e ter gente ao meu redor. Eu nunca quis a fama, muito menos fama instantânea. A fama é uma coisa boa, maspode acabar de repente.
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WP: Sim. Hoje, por exemplo, um amigo me disse que queria fazer um pôster para um evento de dança gay e queria uma foto. Mas eu não conseguia achar, nem mesmo no meu arquivo, estas fotos que foram tiradas talvez dez anos atrás, mas era como se fosse ontem, ou poderia ser dos anos 70, acabam funcionando dessa forma.
B: Em minha pesquisa sobre seu trabalho, fiz uma relação específica com a noção de atopia, um momento não cronológico que não podemos descrever. Fiz isso porque não vejo em suas fotos utopia ou distopia, conceitos específicos do tempo da fotografia. Só consigo ver em seu trabalho uma forte melancolia.
WP: É verdade. Eu sei que o tempo é fugaz, o momento passa num átimo e acaba. Você tem de agir como um tigre, deve ser capaz de trazê-lo para seu trabalho, ser treinado para capturar o momento quando ele está aqui. Às vezes, é preciso esperar muito tempo, é preciso ser paciente.
Muitos dos jovens que conheço não são pacientes, querem as coisas agora, querem ter sucesso agora mesmo, querem ser mundialmente famosos amanhã. Esse nunca foi meu objetivo. Meu objetivo foi sempre ter uma boa foto no futuro e ter gente ao meu redor. Eu nunca quis a fama, muito menos fama instantânea. A fama é uma coisa boa, maspode acabar de repente.

B: É visível em seu trabalho que ele não é planejado,
que é orgânico; vemos vulnerabilidade, melancolia e esse tipo de beleza
estranha, afetuosa. Mas suas fotos também trazem um sentimento de rejeição.
WP: Eu sempre gostei de trabalhar com diferentes meios. Às vezes, eu faço vídeos, trabalho para revistas ou clientes completamente diferentes e não posso utilizar meu próprio estilo.
Se é algo interessante, eu sempre tenho vontade de fazer, porque meu objetivo nunca foi ser o melhor. As coisas acontecem dessa maneira para mim e eu sempre me surpreendo, nunca achei que fosse ficar famoso. Muitas vezes, eu me sentia decepcionado e pensava que ninguém ia ver meu trabalho ou outros jovens ganhavam mais atenção, e eu estava sempre trabalhando no mesmo lugar. Mesmo não saindo desse lugar, as coisas vieram pra mim durante a velhice, ou seja, a energia também é diferente.
B: Eu acho que olhando para seu trabalho em retrospecto, dá para perceber que você sempre esteve na contracultura. Eu me lembro de uma citação que diz “Sucesso é para os fracos”. É UMA maneira política de pensar nas artes hoje em dia, é um jeito meio punk.
WP: Eu sempre fui diferente, meio estranho, não sei estar de acordo com o tempo. Eu adorava ficar à margem, fazer minhas coisas e esperar, tudo vinha para mim, como uma surpresa. Como eu disse anteriormente, se você está na moda pode desaparecer rápido, é como ultrapassar um carro; você pensa: o que virá agora? E não vem nada; você simplesmente desaparece. Eu conheço pessoas que sumiram sem deixar nenhuma marca, principalmente estudantes e jovens.
Eu sempre digo a eles, não leve muito a sério se eu digo que você é bom. Tento não me levar muito a sério quando estou fotografando, adoro humor, adoro pessoas que fazem rir e adoro pessoas que não se levam muito a sério. Se não for assim, tudo fica mais difícil, porque já que estamos trabalhando, as coisas devem ser leves.
WP: Eu sempre gostei de trabalhar com diferentes meios. Às vezes, eu faço vídeos, trabalho para revistas ou clientes completamente diferentes e não posso utilizar meu próprio estilo.
Se é algo interessante, eu sempre tenho vontade de fazer, porque meu objetivo nunca foi ser o melhor. As coisas acontecem dessa maneira para mim e eu sempre me surpreendo, nunca achei que fosse ficar famoso. Muitas vezes, eu me sentia decepcionado e pensava que ninguém ia ver meu trabalho ou outros jovens ganhavam mais atenção, e eu estava sempre trabalhando no mesmo lugar. Mesmo não saindo desse lugar, as coisas vieram pra mim durante a velhice, ou seja, a energia também é diferente.
B: Eu acho que olhando para seu trabalho em retrospecto, dá para perceber que você sempre esteve na contracultura. Eu me lembro de uma citação que diz “Sucesso é para os fracos”. É UMA maneira política de pensar nas artes hoje em dia, é um jeito meio punk.
WP: Eu sempre fui diferente, meio estranho, não sei estar de acordo com o tempo. Eu adorava ficar à margem, fazer minhas coisas e esperar, tudo vinha para mim, como uma surpresa. Como eu disse anteriormente, se você está na moda pode desaparecer rápido, é como ultrapassar um carro; você pensa: o que virá agora? E não vem nada; você simplesmente desaparece. Eu conheço pessoas que sumiram sem deixar nenhuma marca, principalmente estudantes e jovens.
Eu sempre digo a eles, não leve muito a sério se eu digo que você é bom. Tento não me levar muito a sério quando estou fotografando, adoro humor, adoro pessoas que fazem rir e adoro pessoas que não se levam muito a sério. Se não for assim, tudo fica mais difícil, porque já que estamos trabalhando, as coisas devem ser leves.

“Se você está na moda pode desaparecer rápido, é como ultrapassar um carro; você pensa: o que virá agora? E não vem nada; você simplesmente desaparece.”
B: Ouvir você realmente dá a certeza de que tem um
espírito jovem! O que é juventude para você?
WP: Provavelmente, é porque o acesso aos jovens e à mente deles é algo muito fácil para mim, acontece naturalmente. Não penso em fotografar jovens, as idades diferem. Tenho um livro que foi muito prazeroso de fazer. Foi quando eu comecei, nos anos 1970, e tudo era possível.
Eu fotografei um garoto que encontrava no tempo livre que ele tinha entre a escola e seu novo trabalho. Não sei o que ele está fazendo agora, talvez esteja exercendo a profissão que escolheu e não tenha mais nenhum tempo livre.
B: Falando sobre as imagens finais, fundo e modelo, você usa o corpo como principal tema. O que você pensa sobre isso?
WP: Eu nunca procuro locações antes de fotografar, chego no lugar que escolhi, que pode ser minha casa ou um lugar que parece bom, e preciso agir rápido, senão fica tudo muito confuso, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, não posso demorar com os modelos porque eles não são profissionais e estão ali porque eu os convidei. Então, tento ser rápido, não uso profissionais de moda nem de beleza no meu trabalho pessoal. Nada disso me interessa; eu não uso Photoshop e não tenho assistente. E não fico pedindo para refazer as coisas.
É um momento meu e do modelo; é improviso. Tudo muito diferente de quando estou fazendo trabalhos comissionados; daí tenho o melhor time de profissionais comigo. São filosofias completamente diferentes.
WP: Provavelmente, é porque o acesso aos jovens e à mente deles é algo muito fácil para mim, acontece naturalmente. Não penso em fotografar jovens, as idades diferem. Tenho um livro que foi muito prazeroso de fazer. Foi quando eu comecei, nos anos 1970, e tudo era possível.
Eu fotografei um garoto que encontrava no tempo livre que ele tinha entre a escola e seu novo trabalho. Não sei o que ele está fazendo agora, talvez esteja exercendo a profissão que escolheu e não tenha mais nenhum tempo livre.
B: Falando sobre as imagens finais, fundo e modelo, você usa o corpo como principal tema. O que você pensa sobre isso?
WP: Eu nunca procuro locações antes de fotografar, chego no lugar que escolhi, que pode ser minha casa ou um lugar que parece bom, e preciso agir rápido, senão fica tudo muito confuso, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, não posso demorar com os modelos porque eles não são profissionais e estão ali porque eu os convidei. Então, tento ser rápido, não uso profissionais de moda nem de beleza no meu trabalho pessoal. Nada disso me interessa; eu não uso Photoshop e não tenho assistente. E não fico pedindo para refazer as coisas.
É um momento meu e do modelo; é improviso. Tudo muito diferente de quando estou fazendo trabalhos comissionados; daí tenho o melhor time de profissionais comigo. São filosofias completamente diferentes.
B: Agora que temos certeza sobre a atemporalidade em
seu trabalho, podemos misturar arquivos, como você faz em suas
instalações...
WP: Para minha ultima exposição, misturamos coisas de quando eu comecei com coisas novas. Às vezes, eu fotografo e deixo guardado; não quero ver as fotos e as coloco fora do meu alcance. Elas ficam melhores quando envelhecem, tipo vinho. Então, às vezes me distancio, e esse relacionamento funciona para mim.
B: É um jeito muito poderoso de lidar com a ideia de memória
WP: Quando eu tenho de olhar para trás e escolher algo para uma exposição, às vezes, eu penso quando vejo uma foto: “Ah, não! Por que não me esforcei mais, não me concentrei.” Temos de tomar o momento e fazer o melhor, mas isso pode não ser fácil às vezes. Infelizmente...
B: Nós tivemos uma conversa incrível. Muito obrigado. Gostaríamos de convidá-lo para o lançamento da nossa revista.
WP: Eu adoraria ir a São Paulo!
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WP: Para minha ultima exposição, misturamos coisas de quando eu comecei com coisas novas. Às vezes, eu fotografo e deixo guardado; não quero ver as fotos e as coloco fora do meu alcance. Elas ficam melhores quando envelhecem, tipo vinho. Então, às vezes me distancio, e esse relacionamento funciona para mim.
B: É um jeito muito poderoso de lidar com a ideia de memória
WP: Quando eu tenho de olhar para trás e escolher algo para uma exposição, às vezes, eu penso quando vejo uma foto: “Ah, não! Por que não me esforcei mais, não me concentrei.” Temos de tomar o momento e fazer o melhor, mas isso pode não ser fácil às vezes. Infelizmente...
B: Nós tivemos uma conversa incrível. Muito obrigado. Gostaríamos de convidá-lo para o lançamento da nossa revista.
WP: Eu adoraria ir a São Paulo!

Conheça mais sobre o trabalho de Walter Pfeiffer aqui